domingo, novembro 9
Palavras Soltas
Não compreendo a minha cabeça. Vivo cada dia como se do último se tratasse mas tem dias que o mundo desaba e não sei mais que fazer. Sinto-me deslocada. Como se pertencence a lugar nenhum e vivesse apenas por viver. Quero agarrar-me à vida mas ela foge-me por entre os dedos. Escapa-me porque eu a deixo escapar. Eu própria lhe fujo nos meus devaneios. Viro-lhe costas e jogo-me pelo abismo. Ergo-me e logo de seguida jogo-me outra vez. Jogos sem sentido. Sem nexo. Perduro na minha vã existência e sigo em frente. Contorno obstáculos e crio novos. Sou inimiga da mim própria e persigo-me a cada instante. Largo-me e peço socorro. Intensamente choro e perco-me em risos de seguida. A vida é uma inscontante mas o meu humor é apenas meu. Seguida de vida e amor, perco-me por entre ruas escuras e solitárias. Fujo da luz,e escondo-me dos bichos maus. Cresço e viro novamente criança, sem afectos, refém de mim mesma. Imatura, selvagem e gélida. Apenas por entre palavras vãs me consigo descrever. Só os sons que ouço me dão liberdade para me descrever. Apenas o que eu escrevo, me faz sentido viver. Tento paz, criá-la em vão. Mais do que eu mesma. Mais do que alguém. Serei apenas eu até poder desfalecer-me nas minhas pobres linhas. Sinto-me a vaguear, mas nada mais peço a mim mesma. Liberdade para sentir-me. Deixar de me perseguir a todo o momento. Viver mais. Deixar-me ir no rumo... e nao fugir do futuro.
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